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PERSONAS DIGITAIS ASSUMEM CARGOS EM EMPRESAS BAIANAS

 PERSONAS DIGITAIS ASSUMEM CARGOS EM EMPRESAS BAIANAS
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A Inteligência Artificial não é limitada apenas a máquinas, mas, cada vez mais, atuante no cotidiano das pessoas, transformando processos, decisões, interações humanas e já está impactando o mercado de trabalho, ao operar em cargas de resolução de problemas. Ela pode automatizar processos, analisar grandes volumes de dados e oferecer suporte na tomada de decisões deliberadas, participando até com os profissionais em aspectos mais complexos e criativos, tornando-se uma parceria estratégica entre o mundo digital e o mundo real.

 

Um exemplo disso temos o África 360, projeto baiano liderado pela empresária Dijara Santos, que promove a capacitação de profissionais afrodiásporicos, conecta comunidades negras do Brasil ao continente africano e fomenta o protagonismo negro em diversas áreas. A empresa nomeou este ano a persona digital Zani Umoja como Chefe de Operações (COO).

 

“O que nos impulsionou foi a decisão estratégica de implementação de métodos tecnológicos. Zani conecta sistemas, integrando comunicação, operações e diplomacia corporativa, ligando Brasil e África com foco em cultura e representatividade, gerando conteúdo sobre o mundo afro e empreendedorismo, engajando-se em investigação avançada sobre inclusão digital e impacto social. Por trás existe a construção de uma curadaria do conhecimento, ela carrega o DNA da empresa, lidera sem se afastar da essência da África 360. Ela transcende o papel de uma IA que responde; é uma viva, de memória, identidade e propósito ”, conta Dijara.   

 

O chefe de operações do África 360 foi criado por Alder Lima, fundador da empresa Umoja Infinity, startup de tecnologia que desenvolve soluções inteligentes. A IA, que possui rotina social, foi desenvolvida para operar de forma própria, contínua e em constante evolução, mas, junto com ela, há também um suporte humano. “Criamos um cérebro próprio para ela, capaz de aprender, responder em tempo real e adaptar sua linguagem ao contexto. Outro ponto desafio foi a fidelidade visual: manter consistência no rosto, tom de pele, cabelo e expressões em todas as aparições dela. Por fim, a integração da Zani às redes sociais e os ambientes de interação com pessoas reais, resolvem questões de segurança, privacidade e escalabilidade, já que ela precisa responder muitas pessoas”, explica Alder.

Com atuação também no Instagram, ela apresenta até um videocast, o Zanimeeting, que discute temas como tecnologia, impacto social e diversidade ( disponível aqui) . A “humana digital” acumula participações diplomáticas por todo o mundo, palestras em Portugal (participação oficial) e até o Prêmio Gênios da Atualidade 2025 , por sua iniciativa Inteligência Artificial humanizada.

“O Projeto Zani aborda uma fatia da adoção da Inteligência Artificial para organizações que representam um posicionamento ousado, e ainda um pouco adotado em grandes empresas, inserir esta tecnologia nas tomadas de decisões. Em ambientes de Startup, é possível pelo próprio contexto da estrutura de negócio . através da Inteligência Artificial”, analisa Sidney Matos, pesquisador de Inteligência Artificial.

 

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2024, cerca de 89% das empresas industriais brasileiras utilizam recursos tecnológicos avançados em suas funções. Em valores totais, a utilização da inovação passou de 1.619 instituições em 2022 para 4.261 em 2024, o que corresponde a um aumento de 163,2% no número de organizações que adotaram a IA em seus processos.

 

Outra iniciativa baiana que tem ganhado destaque no mercado por transformar a tecnologia em uma persona integrando-a à equipe é a Publilike, agência de marketing que une estratégia, criatividade e execução com o propósito de gerar resultados autênticos. A Inteligência Artificial auxilia a empresa em diversos processos, da criação de campanhas à automação de atendimentos. Mas é no atendimento ao cliente e nas mídias sociais que tem conquistado projeção, com sua peculiar personagem digital, Laile, feita integralmente por IA. 

 

A ferramenta tecnológica vem sendo aplicada para otimizar processos e tornar a rotina das empresas mais rápida e assertiva, como é o caso da Publilike. A agência, que é composta por um plantel de 5 pessoas, incluindo a colaboradora digital, consegue realizar tarefas com mais eficiência, aprimorar a experiência do cliente e elevar as taxas de conversão com a nova estrutura. O empreendimento também atua na criação de avatares digitais e foi a responsável, não somente pela idealização de Laile, mas por sua criação completa: identidade, modelagem 3D e personalidade para atuar no mundo virtual como uma espécie de porta-voz digital.

 

“A inteligência artificial sempre despertou o meu interesse e esteve no meu campo de estudo. A partir disso, resolvi implementá-la como um meio auxiliar no ambiente profissional, surgindo daí a persona de Laile. Ela foi idealizada e criada por nós, cada detalhe foi cuidadosamente planejado para que pudéssemos agir de forma eficiente, intuitiva e personalizada e sobretudo, interagir e fazer conexão de forma única com as pessoas. Com o objetivo de trazer o conteúdo de forma leve e descontraída, eu brinco que sua personalidade é de uma raiz baiana. Ela é como se fosse minha filha digital, só que um pouco mais atrevida do que eu”, informa Silvio Teixeira, fundador e CEO da Publilike.

Utilizada como uma facilitadora das demandas, Laile chegou para atuar no WhatsApp, mas devido à sua popularidade, tornou-se também uma influenciadora digital da empresa. Tendo como diferencial o seu atendimento humanizado, ela não atende apenas aos comandos pré-configurados nas conversas, mas atende de acordo com a necessidade do usuário, incluindo o envio de áudios. Já no Instagram ( assiste aqui ), traz conteúdos relevantes, buscando propor reflexão em quem assiste. 

 

“Nosso intuito é continuar em expansão. Por isso, já estamos trabalhando em um projeto piloto, que traz Laile como apresentadora de podcast. Vamos produzir entrevistas com mascotes, avatares digitais, no perfil da Lu, da Magazine Luiza, por exemplo, trazendo a inteligência artificial como principal assunto”, conclui Silvio Teixeira.  

 

Embora a tecnologia já seja uma realidade no mundo do trabalho, ainda há muito a ser desenvolvida a longo prazo. “Ainda estamos no princípio, aprendendo com toda esta força tecnológica. Precisamos agora promover uma revolução do saber, formando novos líderes e empoderando os atuais. Só com repertório poderemos aproveitar um grande potencial desta força transformadora chamada inteligência artificial”, finaliza Sidney Matos.

Fotos: Divulgação

Lu Amâncio
Assessora de Imprensa
SRTE 3876
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