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Outubro: mês das crianças destaca a importância de manter a vacinação em dia

 Outubro: mês das crianças destaca a importância de manter a vacinação em dia

Foto: Divulgação

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Neste mês dedicado às crianças, o reforço da importância da vacinação ganha destaque ao lado das comemorações infantis. Apesar de avanços recentes, o Brasil ainda enfrenta falhas na cobertura vacinal, o que mantém milhares de meninos e meninas vulneráveis a doenças que poderiam ser prevenidas. Especialistas lembram que cada dose aplicada é essencial para proteger não apenas as crianças, mas toda a comunidade.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, 15 das 16 vacinas do calendário infantil registraram crescimento na cobertura em 2024. Entre elas, a BCG ultrapassou 90% de aplicação, a tríplice viral (1ª dose) atingiu 95,69%, e o reforço da poliomielite chegou a 95,58%, alcançando a meta nacional. Mesmo assim, apenas três imunizantes atingiram o índice ideal de cobertura. O país ainda apresenta taxas preocupantes em vacinas como a tríplice bacteriana (DTP), o que mantém a atenção de autoridades sanitárias e organizações internacionais.

“Não temos dúvidas de que as vacinas são fundamentais para a prevenção de doenças. Até pouco tempo, muitas crianças morriam de diarreia viral no Brasil, e hoje são raros os casos. É muito importante a conscientização das famílias para a segurança do nosso calendário vacinal. Afinal, todos os dias surgem notícias contrárias, que fazem com que a cobertura vacinal reduza”, destaca a pediatra neonatologista Mirla Amorim, que atua na UTI Neonatal do Hospital Mater Dei Emec e coordena a UTI Neonatal do Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana.

A médica lembra que a vacinação vai além da proteção individual. “Quando não vacinamos as crianças que têm indicação, abrimos portas para a proliferação de doenças que já estavam erradicadas. Além disso, colocamos em risco não só essas crianças, como também familiares que não podem se vacinar por conta de doenças imunossupressoras, além dos idosos”, alerta.

Os dados reforçam a preocupação. Um levantamento da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) aponta que, embora 2024 tenha mostrado melhora, ainda existem regiões com cobertura vacinal baixa, principalmente em cidades pequenas e áreas mais afastadas. Em escala global, o UNICEF estima que milhões de crianças seguem sem imunização completa. Segundo dados de 2024 da OMS e do UNICEF, o Brasil deixou de figurar entre os 20 países com mais crianças não vacinadas, mas especialistas ressaltam que a recuperação precisa ser constante para manter os avanços.

Manter a caderneta de vacinação atualizada é um gesto simples, mas essencial. Neste Outubro, mês em que as atenções se voltam à infância, reforça-se a mensagem de que vacinar é um ato de amor e responsabilidade coletiva, capaz de salvar vidas e impedir o retorno de doenças já controladas.

Principais vacinas para a infância e adolescência
Faixa etária / momento Vacina / imunizante Doenças protegidas

Gestante
dTpa
Difteria, tétano e coqueluche (protege também o bebê)
Ao nascer
BCG
Tuberculose grave

Ao nascer / primeiras 24h
Hepatite B
Início da proteção contra a Hepatite B

2, 4 e 6 meses
Pentavalente
Difteria, tétano, coqueluche, Hib e hepatite B

2 e 4 meses
VIP (poliomielite inativada)
Poliomielite

2, 4 e 6 meses
Pneumocócica 10-valente
Infecções por Streptococcus pneumoniae

2 e 4 meses
Rotavírus
Diarreia grave por rotavírus

3 e 5 meses
Meningocócica C
Meningite por Neisseria meningitidis

6 meses
1º dose da Vacina contra Covid-19
Covid-19

7 meses
2ª dose da Vacina contra Covid-19
Covid-19

9 meses
3ª dose da Vacina contra Covid-19
Covid-19

9 meses
Febre amarela
Recomendado em regiões de risco

12 meses
Tríplice viral (1ª dose) e Meningocócica ACWY
Sarampo, caxumba, rubéola e meningite por sorogrupos A, C, W e Y

15 meses
DTP (reforço), VOP (reforço), Hepatite A
Proteção reforçada e hepatite A

4–6 anos
DTP, VOP, Tríplice viral (reforços)
Reforços essenciais antes da escola

9 a 14 anos
HPV
Prevenção de câncer de colo do útero e lesões genitais

11 a 12 anos
Meningocócica ACWY
Proteção contra meningite por sorogrupos

Adolescentes até 18 anos
Reforços de DTP e pólio
Completar proteção vacinal

10–11 anos (municípios endêmicos)
Dengue
Prevenção da dengue, com expansão prevista até 16 anos

 

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