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Irregularidade no ciclo menstrual pode reduzir chances de engravidar

 Irregularidade no ciclo menstrual pode reduzir chances de engravidar

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A irregularidade no ciclo menstrual é uma condição frequente entre mulheres brasileiras em idade fértil e pode estar relacionada a dificuldades para engravidar. Dados da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) apontam que mais de 30% das pacientes que buscam clínicas de reprodução assistida no país apresentam histórico de ciclos menstruais irregulares.

“A menstruação irregular é um dos primeiros sinais de que algo pode não estar funcionando adequadamente no eixo hormonal da paciente. Muitas vezes, a mulher só percebe que há um problema quando começa a tentar engravidar e não consegue. Por isso, o acompanhamento ginecológico e o diagnóstico precoce são fundamentais”, afirma a médica Tirza Ramos, do IVI Salvador.

O ciclo menstrual regular costuma ter 28 dias, com variação entre 21 e 35 dias. Quando há intervalos maiores ou mudanças constantes, ele é considerado irregular. Essa condição pode indicar ausência de ovulação (anovulação), impedindo a fecundação natural. Entre as possíveis causas estão síndrome dos ovários policísticos (SOP), alterações hormonais, estresse, obesidade, problemas na tireoide e proximidade da menopausa. Sem diagnóstico e tratamento adequados, a irregularidade pode comprometer a ovulação e dificultar o planejamento reprodutivo.

Mulheres com sintomas como atrasos frequentes, sangramentos fora do período esperado ou ciclos muito longos devem buscar orientação médica. “Quanto antes diagnosticamos a causa da irregularidade, maiores são as chances de reverter o quadro com sucesso e aumentar a fertilidade”, reforça a especialista.

Embora essa condição possa estar associada à infertilidade, ainda é possível engravidar. No entanto, as chances tendem a ser menores, principalmente pela dificuldade em identificar o período fértil e pela possibilidade de ausência de ovulação em alguns ciclos. “Nem toda irregularidade menstrual é sinal de infertilidade. Variações ocasionais no ciclo podem acontecer, principalmente em períodos de muito estresse, mudanças de estilo de vida ou após a suspensão de métodos contraceptivos hormonais”, complementa a médica.

É recomendado procurar um ginecologista caso os ciclos sejam muito curtos (menos de 21 dias), muito longos (mais de 35 dias), haja ausência de menstruação por mais de três meses sem gravidez, tentativa de gestação sem sucesso entre seis e 12 meses, ou apareçam sintomas como acne excessiva, queda de cabelo, ganho de peso ou crescimento de pelos em regiões incomuns. A investigação médica pode incluir exames hormonais, ultrassonografia transvaginal para avaliação dos ovários e do endométrio, análise da reserva ovariana e exames para verificar a permeabilidade das trompas.

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