FLICA 2025 celebra música e ancestralidade com grandes nomes nos Palcos Ritmos e Raízes nesta quinta (23)
Foto: Divulgação
Com abertura oficial marcada para amanhã (23), às 9h, na Tenda Paraguaçu, com a presença de autoridades, a FLICA – Festa Literária Internacional de Cachoeira promete movimentar o município até domingo (26). O evento, que consolidou o Recôncavo Baiano como um dos principais polos culturais do estado, une literatura, música, memória e ancestralidade em uma programação intensa. Um dos grandes destaques será a agenda artística, que promete emocionar o público e animar os Palcos Ritmos e Raízes.
Sob a curadoria do músico Linnoy Nonato, a programação deste ano reúne artistas que simbolizam a essência da música baiana e reforçam a oralidade como forma de literatura viva. “As atrações escolhidas carregam a identidade, a ancestralidade e a resistência cultural da Bahia. Cada um, com sua linguagem musical, representa raízes profundas que dialogam com o povo, com a memória e com a história do Recôncavo”, destacou o curador.
Samba-reggae, axé e MPB
A abertura do Palco Ritmos acontece nesta quinta-feira (23), às 21h30, com a performance teatral do artista Ruan Passos e o show do Coral Afro da Bahia, que recebe Mateus Aleluia Filho em um tributo ao legado do grupo Os Tincoãs.
Na sexta (24), às 20h30, Lazzo Matumbi e Márcia Short sobem ao palco em um espetáculo que celebra a identidade e a afetividade negra. Já no sábado (25), o grupo Adão Negro se apresenta ao lado do cachoeirano Sine Calmon, seguido pelo trio Autorais – formado por Tonho Matéria, Jorge Zárath e Tenison Del Rey –, encerrando a noite com grandes clássicos do samba-reggae, axé e MPB.
A diversidade sonora do Recôncavo
O Palco Raízes, voltado à nova cena musical baiana, também reserva momentos marcantes. Na quinta-feira (23), se apresentam Juacy Ypsilone e Éllen Wilson.
Na sexta (24), o público confere os shows de Maira Lins e JP Castelhano (JP Boka Groove). O sábado (25) será marcado por mistura e participação popular, com Reina & Alvenaria FC e o cantor Amarildo Fire, que comanda o divertido FLICAOKÊ.
O encerramento, no domingo (26), começa às 13h, com apresentações do grupo de dança de rua EX13, Samba de Roda Filhos do Caquende, Brotou Samba, Paco Duarte e Juninho Cachoeira. O tradicional cortejo “Bye Bye FLICA” parte ao meio-dia da Tenda Paraguaçu, promovendo um verdadeiro arrastão cultural pelas ruas da cidade.
Música e literatura: um diálogo vivo
Inspirada no tema “Cantando Nossa História – Música, Memória, Ancestralidade e Resistência”, a curadoria artística da FLICA 2025 reforça a conexão entre música e literatura como expressões complementares da identidade baiana.
“Essas atrações dialogam com a FLICA por meio da oralidade, da tradição e da potência poética de suas músicas. A literatura está presente nas letras, nas histórias que carregam e nas mensagens que transmitem”, explicou Linnoy Nonato.
Segundo o curador, os shows ampliam o alcance da festa e fortalecem o eixo cultural do evento. “Eles transformam o espaço literário também em um espaço de escuta, dança, afeto e pertencimento”, completou.
Apoio e realização
A 13ª edição da FLICA conta com patrocínio do Governo do Estado da Bahia, por meio do FazCultura, Secretaria de Cultura (SecultBA) e Secretaria da Fazenda (Sefaz), além da Caixa e Petrobras, através do Programa Petrobras Cultural e da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, com apoio do Governo Federal.
O evento também integra o Projeto Bahia Literária, iniciativa da Fundação Pedro Calmon (FPC), vinculada à SecultBA, e da Secretaria Estadual de Educação (SEC). Conta ainda com o apoio da Embasa e é uma realização da Schommer Produções, em parceria com a Prefeitura de Cachoeira e a LDM, livraria oficial do evento.