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CRO-BA celebra veto ao curso de odontologia na modalidade a distância

 CRO-BA celebra veto ao curso de odontologia na modalidade a distância

Foto: CROBA

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O Conselho Regional de Odontologia da Bahia (CROBA) continua atuando com firmeza em ações voltadas à valorização da profissão e à garantia de um atendimento seguro e de qualidade à população brasileira. Alinhado a essa missão, o presidente da entidade, Dr. Marcel Arriaga, destacou que o CROBA sempre se posicionou contra a oferta de cursos de graduação em odontologia na modalidade a distância (EAD) e celebrou a nova diretriz educacional anunciada pelo Ministério da Educação (MEC), que estabelece o ensino presencial como obrigatório para o curso de Odontologia.

“A gente não consegue imaginar uma formação de um profissional de saúde à distância. A gente até acredita que em outras áreas isso seria possível, num país com extensão territorial como a nossa. Mas na área da saúde, todas as práticas necessitam do paciente. Inclusive, a questão da humanização. O aluno aprende desde cedo a se relacionar”, afirma Arriaga.

A norma, oficializada por decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira (19), em Brasília, determina que os cursos superiores de Odontologia, Medicina, Direito, Enfermagem e Psicologia sejam realizados exclusivamente de forma presencial. A modalidade foi definida como sendo aquela em que a maior parte da carga horária ocorre com presença física, permitindo no máximo 30% de conteúdo via ensino a distância. Para os demais cursos da área da saúde e licenciaturas, será permitido o formato híbrido (presencial e a distância).

A decisão representa um avanço na valorização da odontologia no Brasil, promovendo uma formação mais sólida para os futuros cirurgiões-dentistas e assegurando cuidados de saúde bucal mais qualificados para a população. A medida foi amplamente celebrada pelo Sistema Conselhos de Odontologia — que reúne o Conselho Federal de Odontologia e os 27 Conselhos Regionais — além de outras entidades representativas da categoria, que têm atuado de maneira conjunta nos últimos anos para barrar a implementação do modelo EAD na formação odontológica.

“As relações humanas são muito importantes. E a gente ensina isso ao aluno desde o princípio. Eu não vejo como a gente pode fazer isso online. Então, não é só a questão do aprendizado do paciente. No caso da odontologia, como é que você vai ensinar uma anestesia online? Como é que você vai ensinar a fazer uma restauração, que tenha todas as condições de saliva online? Como é que você ensina o aluno a lidar com os medos, com as angústias do paciente? Porque ao mesmo tempo que você está fazendo um trabalho técnico específico ali no dente do paciente ou na boca, você está lidando com as condições do paciente, com as condições psicológicas daquele paciente. Isso é um aprendizado que tem que ser ao vivo”, acrescenta o presidente da autarquia, Dr. Marcel Arriaga.

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