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Após ser alvo de sanções, Moraes enfrenta bolsonaristas no plenário do STF

 Após ser alvo de sanções, Moraes enfrenta bolsonaristas no plenário do STF

Foto: Bruno Peres | Agência Brasil

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Alvo de sanções econômicas impostas pelo governo dos Estados Unidos, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou um discurso contundente nesta sexta-feira (01), durante a retomada dos trabalhos no plenário da Corte, para criticar o grupo político alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Durante sua fala, Moraes comparou esse grupo, que vem demonstrando apoio às decisões do presidente norte-americano Donald Trump – incluindo o aumento tarifário de até 50% sobre produtos brasileiros –, a uma organização criminosa. O ministro reforçou que todos os envolvidos deverão prestar contas por suas ações.

“Mostram não existir limites para a ousadia e covardia dessa organização criminosa, que será responsabilizada, integralmente responsabilizada. Na mais característica criminosa, ainda há tempo. Acham que estão lidando com pessoas da laia deles, que estão lidando com milicianos”, afirmou o magistrado.

Ele também garantiu que o trabalho no STF seguirá normalmente, independentemente das sanções sofridas:
“As ações prosseguirão. O rito processual do STF não se adiantará, não se atrasará. O rito processual do STF irá ignorar as sanções praticadas. Esse relator vai ignorar as sanções que lhe foram aplicadas e continuar trabalhando, como vem fazendo, no plenário, na Primeira Turma, sempre de forma colegiada”, concluiu.

O que é a Lei Magnitsky?
Na última quarta-feira (30), os Estados Unidos aplicaram a chamada Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes. A medida implica na proibição de manter ou adquirir bens em solo norte-americano, além de vedar qualquer relação comercial com cidadãos dos EUA.

A legislação, que permite sanções contra indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos, já foi usada anteriormente contra nomes como Artyom Kuznetsov, Pavel Karpov e Oleg Silchenko, do Ministério do Interior da Rússia; Andrey Pechegin, do Ministério Público russo; e Olga Stepanova, da Receita Federal da Rússia.

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